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Projeto-piloto leva inclusão digital e bem-estar para idosos do Lar de Zulma, em São José

Paula Fernandes, Daniel, Zezé Di Camargo & Luciano, Madonna. As músicas desses cantores agora estão alegrando as tardes dos idosos do Lar de Zulma, instituição de longa permanência em São José. O diferencial? Os próprios idosos estão escolhendo as músicas diretamente de seus celulares.

Seis idosos do Lar de Zulma estão aprendendo a usar o smartphone pelo Projeto Inclusão Digital, desenvolvido pela Prefeitura de São José e Fundação Educacional Municipal.  Diferente do projeto original, nesta proposta – voltada para os residentes nas instituições de longa permanência – o foco está na abordagem terapêutica.

“As atividades são pensadas para estimular a memória, a autoestima e a convivência. Queremos contribuir com a autonomia deles para que possam escolher o que querem ver, ouvir, ou até compartilhar, respeitando o tempo e a individualidade de cada um”, citou a superintendente da Fundesj, Maria Helena Krüger.

Os encontros no Lar de Zulma acontecem uma vez por semana, às quartas-feiras à tarde. Entre um aprendizado e outro, o professor aposentado Albino de Souza, de 74 anos, falou da época em que dava aula no Senac, em Porto Alegre, e em alguns cliques a internet o transportou para o local em que trabalhou por anos.

Os celulares foram doados por uma empresária da região. Ivonir da Silva, de 89 anos, conta que antes não tinha muito contato com a tecnologia. “Aqui estou aprendendo. Fizemos um passo a passo para eu conseguir fazer o básico, como ligar o celular e escolher a música”, detalhou.

A psicóloga do Lar de Zulma, Maria da Conceição, explica que a inclusão digital vai além da tecnologia. “É desafiador, mas gratificante. Os encontros são personalizados para atender às necessidades de cada um, e isso tem um impacto direto no bem-estar emocional. Eles ficam mais motivados, alertas e conectados, tanto com o passado quanto com o presente. O humor deles melhora visivelmente”, afirma.

 Projeto-piloto também na Serte, em Florianópolis
Paralelamente ao projeto no Lar de Zulma, o piloto também está sendo desenvolvido na Serte, em Florianópolis. Por lá, também são seis idosos participantes com encontros às sextas-feiras pela manhã.

“O projeto como uma aplicação terapêutica está sendo um sucesso. No nosso primeiro esboço, tínhamos a ideia do avanço da tecnologia no lar de longa permanência. Mas com a convivência, percebemos que é muito mais terapêutico, muito mais pela companhia do que o aprendizado da informática. É uma conexão com o passado e também com a gente e demais idosos”, avaliou o assessor da Fundesj, Paulo Henrique Hermes Vieira.

Secretaria de Comunicação

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