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Programa de sustentabilidade da Alesc revela resultados positivos

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Sistema de energia solar instalado no teto do Palácio Barriga Verde. FOTO: Divulgação

Prestes a completar o primeiro ano de funcionamento, o Programa Alesc Sustentável apresenta os impactos positivos iniciais. O posicionamento voltado para a preservação do meio ambiente – com práticas ecologicamente sustentáveis adotadas pelo Parlamento catarinense em 23 de setembro de 2021 – hoje representa o fim do uso de 650 mil folhas de papel e a não utilização de água potável para limpeza do Palácio Barriga Verde e da Unidade Administrativa Presidente Deputado Aldo Schneider, irrigação de jardins e para descarga em banheiros.

Outro destaque estimado é que os gastos com energia elétrica sofram uma redução anual de 25% com o sistema de energia solar, cujos 636 módulos fotovoltaicos instalados no teto da Alesc começaram a funcionar no último mês de agosto. Gestor do programa, Marcelo Lubi comemora também que, a cada semestre, 250 quilos de materiais eletrônicos que não têm mais uso – incluindo computadores antigos e periféricos, entre outros aparelhos – são destinados à Associação de Coletores de Materiais Recicláveis (ACMR) de Florianópolis.

De acordo com ele, na Unidade Administrativa, a cada quinta-feira, são separados 500 quilos em média de resíduos sólidos recicláveis. Tudo é destinado à Comcap, setor da prefeitura da Capital responsável pela coleta e gestão de resíduos da cidade. Atualmente, 100% de tudo que é descartado no Parlamento é encaminhado para a autarquia, sem custos para a Assembleia Legislativa.

“Hoje temos 100% de logística reversa. Tudo que pode ser reutilizável e reciclável vira novos produtos. Qualquer material que não tem mais uso vai ser reciclado no Centro de Valorização de Resíduos, no bairro Itacorubi”, destaca Lubi. Para o gestor, reciclagem é algo muito importante. “Começa com a questão da economia, passa pelo lado social e, por fim, chega ao meio ambiente, que é o maior impactado pelas ações dos servidores e dos visitantes da Alesc”, explicou.

Por isso, na opinião dele, é fundamental a participação de toda a comunidade que trabalha e frequenta o Parlamento também na separação do lixo, pois “é a única fonte de renda para os catadores de materiais recicláveis”, grupo formado por cerca de 150 famílias da Grande Florianópolis. “Ajudamos a sustentar pessoas em situação vulnerável e reduzimos o impacto ambiental”, comenta.

Sustentabilidade é a base
A real transformação da sociedade para um mundo em que o lixo deixará de ser um problema ambiental para ser uma solução depende de uma mudança geral de cultura. “Temos que quebrar esse paradigma sobre lixo, fazendo as pessoas entenderem que lixo é só o que não é reaproveitável. A gente parte para a ação, fazendo com que as pessoas entendam que a sustentabilidade é a base dessa ideia”, avalia.

Como a casa legislativa recebe um público muito grande para audiências públicas, seminários, eventos e até exposições artísticas na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, no Hall da Alesc, a quantidade diária de resíduos é alta. Por isso, conta Lubi, a coleta seletiva – com lixeiras identificadas por cores para cada tipo de material descartável – passou a ser feita nos corredores, salas de reuniões e nos gabinetes parlamentares do andar térreo no Palácio Barriga Verde, além da Unidade Administrativa localizada na avenida Mauro Ramos, que fica a cerca de 600 metros de distância.

Para a continuidade da ação, a motivação e o engajamento da comunidade interna do Parlamento é constante. Uma das ações em andamento para aprimorar ainda mais o serviço é a ampliação do campo visual das pessoas que frequentam o ambiente. “Isso será feito com uso de material gráfico, com flechas indicativas para as lixeiras, cuja altura é baixa e acabam ficam abaixo da linha de visão do público”, explica o gestor.

Essa transformação começou em 2018, quando a Associação dos Funcionários da Assembleia Legislativa (Afalesc) e o Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Sindalesc) patrocinaram a compra de copos reutilizáveis. A meta era cortar custos com a compra de copos plásticos descartáveis, diminuir o uso de água empregado na produção dos copos descartáveis e também reduzir o descarte deste material no aterro sanitário.

Com o Programa Alesc Sustentável, oficializado pelo Ato 339 da Mesa Diretora da Casa, ficaram estabelecidos objetivos a serem cumpridos até 2023. Além do reaproveitamento da água da chuva, da geração de energia solar, a revitalização da coleta seletiva, destinação de bens inservíveis, a coleta e destinação ambientalmente correta de eletrônicos, estão previstas a meta de carbono zero, o paisagismo e editais que prevejam sustentabilidade. Sobre as licitações sustentáveis, ressalta Lubi, a intenção é fazer com que o Parlamento passe a adquirir produtos que possam ser totalmente reutilizáveis. Isso vai evitar, por exemplo, a aquisição de produtos feitos com madeiras MDF, que não são recicláveis.

Carro elétrico
Com o bom andamento do Programa Alesc Sustentável, o Parlamento tomou outra iniciativa de mesma orientação ainda em dezembro de 2021. Em uma parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), a Assembleia Legislativa passou a contar com um veículo com motor convertido para funcionamento por meio de energia elétrica.

O carro tem uso compartilhado entre os gabinetes e, conforme afirmou à época o reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior, o convênio entre as duas instituições tinha uma meta comum. Segundo ele, era a oportunidade para firmar “parcerias entre os poderes públicos, concessionárias de energia elétrica e entidades de pesquisa, visando à disseminação e popularização da mobilidade elétrica no país”.

Alessandro Bonassoli
AGÊNCIA AL

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